Abstract: The article describes and analyzes the daily life of the Silva Family, based on the consumption and expenditure of the money coming from the Bolsa Família Income Transfer Program. To talk about the Bolsa Família Program (PBF) based on the story of one of the women participating in this study and her family is to tell a little about her life story. To this end, an ethnographic research was carried out. We spent four years living together, visiting and talking. Based on the observations, we found that families in extreme poverty, such as the Silva family, are considered poor based on the “formal” criteria of the program – per capita income – and the “informal” criteria of the slum dwellers (housing, work etc.). However, they suffer from “poverty surveillance”, based on a moralizing discourse about what and how to consume.
Resumen: El artículo describe y analiza la vida cotidiana de la familia Silva, a partir del consumo y el gasto del dinero del Programa de Transferencia de Efectivo Bolsa Família. Hablar del Programa Bolsa Família (PBF) a partir de la historia de una de las mujeres participantes en este estudio y de su familia es contar un poco la trayectoria y la historia de vida. Para ello, se realizó una investigación etnográfica. Fueron cuatro años de convivencia, visitas y conversaciones. A partir de las observaciones, comprobamos que las familias en situación de extrema pobreza, como la familia Silva, son consideradas pobres en función de los criterios “formales” del programa – ingreso per cápita – y de los criterios “informales” de los chabolistas (vivienda, trabajo etc.). Sin embargo, sufren una “vigilancia de la pobreza” basada en un discurso moralizador sobre qué y cómo consumir.
Resumo: O artigo descreve e analisa o cotidiano da família Silva a partir do consumo e do dispêndio do dinheiro oriundo do programa de Transferência de Renda Bolsa Família. Falar sobre o Programa Bolsa Família (PBF) por meio da história de uma das mulheres participantes deste estudo e sua família é contar um pouco acerca da sua trajetória e história de vida. Para tanto, foi realizada uma pesquisa etnográfica. Foram quatro anos de convivência, visitas e conversas. A partir das observações, constatamos que as famílias em situação de extrema pobreza, como a família Silva, são consideradas pobres a partir dos critérios “formais” do programa – renda per capita − e “informais” dos moradores da favela (moradia, trabalho etc.). Entretanto, sofrem uma “vigilância da pobreza”, baseada em um discurso moralizante sobre o que e como consumir.